
Como evitar erros comuns em construções
Por Portal Construção AZ — Sua autoridade em engenharia, arquitetura e construção no Brasil
O que ninguém fala sobre construir: o maior prejuízo não vem do orçamento, mas da falta de planejamento
Construir é uma promessa de futuro. Mas, para muitos brasileiros, vira sinônimo de dor de cabeça, processos judiciais, rachaduras, dívidas e frustração.
E a raiz do problema raramente é falta de dinheiro — é ausência de método, de coordenação técnica e, acima de tudo, de consciência construtiva.
No Portal Construção AZ, denunciamos o que ninguém fala: boa parte dos erros em obras são previsíveis e evitáveis, se tratados com seriedade desde o primeiro traço.
Diagnóstico técnico e visão crítica do Portal Construção AZ
O Brasil tem um dos maiores índices de autoconstrução do mundo — e isso não é sinônimo de liberdade, mas de vulnerabilidade.
Profissionais desatualizados, falta de projeto executivo, compra de materiais sem especificação e improviso estrutural compõem um cenário que repete, obra após obra, os mesmos erros.
Os cinco erros mais recorrentes são:
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Ausência de projeto estrutural detalhado
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Contratação informal de mão de obra
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Uso de materiais inadequados para o clima local
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Falta de impermeabilização em áreas úmidas
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Desrespeito à norma de recuo e ventilação
A maioria desses erros compromete não apenas o custo final da obra, mas a segurança e a vida útil da edificação.
Tabela comparativa: erro comum vs. consequência direta
Erro de construção | Consequência direta | Custo médio do retrabalho | Fonte técnica |
---|---|---|---|
Ausência de impermeabilização adequada | Infiltrações, mofo, perda da estrutura | R$ 8.000 a R$ 30.000 | ABNT NBR 9575 |
Uso de areia ou cimento fora da especificação | Fissuras, desagregamento da alvenaria | R$ 4.000 a R$ 15.000 | CREA-SP, Sinduscon |
Instalações elétricas mal dimensionadas | Curto-circuito, incêndio, retrabalho | R$ 3.500 a R$ 12.000 | NBR 5410 |
Execução sem acompanhamento técnico | Obra irregular, embargo, retrabalho total | R$ 10.000 a R$ 100.000+ | CAU/BR, CONFEA |
Reforço estrutural mal calculado | Risco de colapso, tragédia | Valor incalculável | IBRACON, CREA |
Exemplos clínicos plausíveis com desfechos reais
1. João Batista, 49 anos, pequeno empresário – Recife (PE)
Decidiu construir nos fundos do terreno sem projeto e contratou pedreiros por indicação.
Resultado: infiltração crônica, desabamento parcial da laje e gasto de R$ 48 mil em correções estruturais.
2. Márcia Figueira, 33 anos, bancária – Goiânia (GO)
Iniciou uma obra de 120 m² com projeto apenas arquitetônico. As instalações elétricas foram feitas sem cálculo técnico. Após três meses, curto-circuitos obrigaram o rompimento de paredes recém-pintadas.
3. Alexsandro Lima, 58 anos, engenheiro aposentado – Santos (SP)
Mesmo experiente, confiou na execução da impermeabilização do terraço a um mestre de obras sem supervisão. Após as chuvas, surgiram bolhas na pintura e mofo generalizado. Prejuízo: R$ 17 mil.
Dados de prevalência e impacto social
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Cerca de 50% das obras residenciais no Brasil apresentam algum tipo de erro técnico que exige correção posterior.
Fonte: Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias da Engenharia (IBAPE), 2023 -
O retrabalho representa até 25% do custo final de muitas construções mal planejadas.
Fonte: SENAI + Sebrae, 2024 -
Obras sem acompanhamento técnico são responsáveis por 38% dos acidentes em canteiros residenciais.
Fonte: Ministério do Trabalho, 2023 -
O Brasil registra mais de 200 mil embargos de obras irregulares por ano.
Fonte: Conselho Nacional de Justiça, 2022
Bloco editorial — A visão do Portal Construção AZ
Construir é um ato técnico, não um favor de vizinhança.
É urgente desromantizar a obra improvisada e combater a cultura da “economia que sai caro”.
O Portal Construção AZ alerta: quem economiza em projeto, gasta em reparo. É mais barato contratar um engenheiro do que reconstruir uma laje.
A edificação é uma máquina permanente: respira, dilata, resiste, sofre com o tempo. Sem técnica, vira uma bomba-relógio silenciosa. E o que está em jogo não é apenas o patrimônio — é a segurança das famílias.
FAQ — Perguntas frequentes
1. É obrigatório contratar engenheiro para construir uma casa?
Sim. Para construções acima de 80 m² ou com mais de um pavimento, é obrigatório ter responsável técnico habilitado junto ao CREA ou CAU.
2. Posso usar areia de praia na construção?
Não. A areia de praia contém sal e minerais que reagem com o cimento e o aço, comprometendo a estrutura e causando patologias sérias.
3. O que é o projeto executivo e por que ele é essencial?
É o detalhamento técnico de todos os sistemas da obra: estrutural, hidráulico, elétrico, entre outros. Sem ele, a execução se baseia em “achismo” e improviso.
4. Posso impermeabilizar com tinta comum?
Não. A impermeabilização exige sistemas específicos, como manta asfáltica, emulsões ou aditivos próprios — com aplicação por profissionais treinados.
5. O que devo verificar ao contratar mão de obra?
Exija referências, contratos formais, presença de um responsável técnico e acompanhamento frequente. O barato sai muito caro sem critério técnico.
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Conclusão memorável
Erros em obra não são acidentes: são decisões mal tomadas.
Construir com segurança e eficiência exige técnica, planejamento e respeito às normas. A edificação começa no papel — e termina com responsabilidade.
A escolha é sua: construir com critério ou reconstruir às pressas. Se você está começando uma obra, consulte especialistas, questione tudo e pense a longo prazo. Sua casa merece mais do que improviso.
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